Meu Nunca Amigo
Você não é mais o que me foi por amigo. E nem eu lhe fui mais de alguma amizade. Tornamo-nos, demasiados, uns estranhos... (...) De riso frio, alma severa, passo calculista. E escorre o sangue não virginal de o nosso mal. As minhas falas de permutas não te servem mais. E nunca me foram justas aquelas dicas-carapuças. A tua presença tornou-se uma companhia carcome. A ascensão sem garantia à nossa manutenção segura. Uma infantaria de descaso e levianas reciprocidades. De nos dizer um adeus é a pura prevenção. Pretensão vital de não nos encontrarmos. Mesmo o talvez, suscita pavor e a ameaça. Certeza neste fim é o que temos de melhor. Nisso, não procuramos qualquer novidade. Ao nosso desencontro, vamos nós, fausto amigo. Á qualquer lugar que nos desloca mais distantes. Deste modo, trilhamos sobre as vias. o equilíbrio. Você, não se valendo como um fastio inimigo. Eu, nunca acreditando na tua prosa de amigo. Ofertamo-nos de um bem com